IRENE CRUZ

Direcção da Cooperativa

Inicia a sua carreira em teatro em 1959 com a peça A visita da velha senhora, de Dürrenmatt, no Teatro Nacional D. Maria II . Ao mesmo tempo, trabalha em rádio, onde interpreta centenas de peças radiofónicas.

Em 1966 funda com João Lourenço, Morais e Castro e Rui Mendes o Grupo 4 e em 1974 constrói o Teatro Aberto, em Lisboa. Em 1976, está presente na inauguração do Teatro Aberto, com a peça O Círculo de Giz Caucasiano, de Bertolt Brecht, com encenação de João Lourenço e música de Paul Dessau. Entre 1982 e 1983 está 18 meses em cena, no Teatro Aberto, com a peça Oiçam Como Eu Respiro, de Dario Fo e Franca Rame, com a qual recebe todos os prémios de interpretação de teatro. Destaca recentemente a sua participação nas peças Imaculados, de Dea Loher, Hannah e Martin, de Kate Fodor, Purga, de Sofi Oksanen e Amor e Informação de Caryl Churchill, no Teatro Aberto com encenação de João Lourenço.

Estreia-se em televisão em 1960, altura em que colabora em inúmeras peças de tele-teatro. É, em 1971, a primeira actriz portuguesa a ser convidada a participar numa novela brasileira, Os Deuses Estão Mortos para a TV Record. Desde 1999 que é presença regular na ficção portuguesa, tendo desempenhado papéis de protagonista nas novelas Todo o Tempo do Mundo, Jardins Proibidos, A Filha do Mar e, mais recentemente, Rosa Fogo, entre muitos outros trabalhos.

Em 2002 recebe o Globo D’Ouro para Melhor Actriz pela sua interpretação na peça Até Mais Ver, de Oliver Bukowski, e é agraciada com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique por Sua Excelência o Senhor Presidente da República Dr. Jorge Sampaio. Em 1993 recebe o prémio de Melhor Actriz pelas peças Top Girls, de Caryl Churchill, e A Ópera de Três Vinténs, de Bertolt Brecht e Kurt Weill. Em 1986 é contemplada com o prémio da Associação Portuguesa de Críticos para a melhor interpretação secundária pela sua Kattrin em Mãe Coragem e os seus filhos, de Bertolt Brecht.