GRANDE PRÉMIO DE TEATRO PORTUGUÊS SPA / TEATRO ABERTO
A origem do Grande Prémio data de 1997, quando a Sociedade Portuguesa de Autores e o Teatro Aberto se associaram com o objectivo de criar um concurso destinado a incentivar e divulgar a criação dramatúrgica portuguesa.
Para além do valor pecuniário, do troféu e da edição da obra em livro, o Grande Prémio de Teatro Português tem a vertente única de levar o texto vencedor à cena no Teatro Aberto, proporcionando ao seu autor a possibilidade de confrontar a sua prática da escrita com a prova do palco.
No ano da sua criação, em 1997, a peça vencedora foi Às Vezes Neva em Abril, de João Santos Lopes, que estreou em Maio de 1998, com encenação de João Lourenço, tendo sido traduzida para francês, alemão e polaco. Em Julho de 2000, foi levada à cena a peça A Última Batalha, de Fernando Augusto (vencedora do Grande Prémio em 1999), encenada por Fernando Heitor.
Já no novo edifício do Teatro Aberto, foram apresentadas as peças Rastos, de António Ferreira (vencedora da edição de 2001) e estreada em Maio de 2002, com encenação de Paulo Filipe; Encontro com Rita Hayworth, de Pedro Pinheiro (vencedora em 2000), estreada em Setembro de 2002, com encenação de Fernando Heitor; Homem Branco, Homem Negro, de Jaime Rocha (vencedora em 2004), estreada em Agosto de 2005, com encenação de João Lourenço. Esta última foi também apresentada por duas vezes na Alemanha (em 2005, no Festival de Mülheim, como leitura encenada, com tradução de Marianne Gareis e, em 2006, no Festival Neue Stücke aus Europa, em Wiesbaden, na encenação de João Lourenço).
Em 2010, o Teatro Aberto colocou a dramaturgia portuguesa no centro da sua programação anual com a estreia de dois textos vencedores: Uma Família Portuguesa, de Filomena Oliveira e Miguel Real (vencedora em 2008), que estreou em Março, com encenação de Cristina Carvalhal, e A Casa dos Anjos, de Luís Mário Lopes (premiada em 2009), que estreou em Maio, com encenação de Ana Nave. Depois da carreira da peça na Sala Vermelha do Teatro Aberto, Uma Família Portuguesa foi apresentada também em Guimarães (no âmbito dos Festivais Gil Vicente), em Almada (no Festival Internacional de Teatro), na Guarda (na abertura do Festival Acto Seguinte) e em Turku (no âmbito da programação cultural da cidade de Turku – Capital Europeia da Cultura, na Finlândia).
Em 2011, estreámos O Álbum de Família, de Rui Herbon, com encenação de Tiago Torres da Silva (texto vencedor de 2010) e em 2012 estreou na Sala Vermelha a peça Londres, de Cláudia Clemente, com encenação de João Lourenço (vencedora em 2011). O texto A Acompanhante, de Cecília Ferreira (vencedor do prémio em 2013), foi estreado em 2014 com encenação de Gonçalo Amorim. Em 2016 convidámos o encenador Fernando Heitor para dirigir o texto de Raul Malaquias Marques, Ao Vivo e em Directo (vencedor da edição de 2014). Em 2017, o Teatro Aberto estabeleceu uma co-produção com a Companhia Mascarenhas-Martins e apresentou o texto Tentativas para Matar o Amor, de Marta Figueiredo na Sala Vermelha do Teatro Aberto e no Cine-Teatro Joaquim de Almeida no Montijo. O texto de Tiago Correia, Pela Água (vencedor da edição de 2016) foi apresentado em 2018, encenado por Tiago Torres da Silva. Em 2018, Tiago Correia tornou-se o primeiro autor a receber este prémio duas vezes. Alma foi apresentada em 2020, com encenação de Cristina Carvalhal.
Luís António Coelho venceu a edição de 2020 com o seu texto Não Me Faças Perder Tempo, que estreou em Maio de 2022 com encenação de Rui Neto. Em 2022, o texto premiado foi Um Homem Inofensivo, também escrito por Luís António Coelho, que é o segundo autor a vencer duas edições consecutivas do Grande Prémio.
Continuamos a acreditar que a instituição do Grande Prémio de Teatro Português SPAutores/Teatro Aberto é fundamental para o incentivo da criação dramática e da dinamização da cena teatral portuguesa, bem como da sua divulgação internacional.
LISTA DE EDIÇÕES DO GRANDE PRÉMIO