arquivo e adereços – diálogos no foyer

Num teatro há muitas histórias e num arquivo de um teatro há objectos (adereços, documentos, figurinos e um sem‑fim de possíveis categorias) que permitem contá-las. No Teatro Aberto esses objectos têm proveniências várias (são comprados, doados, construídos, emprestados, reaproveitados) e características várias (são únicos, de produção em massa, com valor emocional).

Nesta exposição é dado espaço para que as histórias sobre o passado do Teatro Aberto sejam celebradas, mas também para que a imaginação do observador crie, perante os objectos e imagens, novos afectos e novas histórias ficcionadas. A concepção de arquivo e adereços – diálogos no foyer pauta‑se por uma lógica de valorização de todo o tipo de objectos, numa inversão de protagonismo: aqui são eles as personagens principais. A exposição está dividida em 12 módulos diferentes. Alguns são pequenas encenações plásticas, outros são mostras inusitadas, ou habitualmente inacessíveis ao público, de adereços e outro material de arquivo.

arquivo e adereços – diálogos no foyer promove diálogos entre objectos, entre pessoas e entre objectos e pessoas. A criação destas três camadas possíveis de diálogos é o objectivo maior neste exercício de mediação de arquivo, uma vez que convocamos o público para o diálogo. E o público do Teatro Aberto, com as suas memórias e o seu afecto, é parte imaterial do arquivo. Um arquivo vivo, como vivo está o teatro de que faz parte.

[Fotografia do cartaz © Filipe Figueiredo]