DEMOCRACIA
Michael Frayn
VERSÃO
João Lourenço | Vera San Payo de Lemos
DRAMATURGIA
Vera San Payo de Lemos
CENÁRIO
Henrique Cayatte | João Lourenço
FIGURINOS
Maria Gonzaga
LUZ
João Lourenço | Melim Teixeira
VÍDEO
João Lourenço
BANDA SONORA
João Lourenço | Vera San Payo de Lemos
ENCENAÇÃO
João Lourenço
COM
Carlos Sebastião | Francisco Pestana | João Ricardo | Jorge Gonçalves | Luís Alberto | Marques D'Arede | Melim Teixeira | Rui Luís Brás | Rui Morisson | Virgílio Castelo
Alemanha Ocidental, 1969. Willy Brandt inicia a sua breve e relevante carreira como chanceler da República Federal da Alemanha. Sempre presente, mas passando quase despercebido está Günter Guillaume, membro do seu staff, mas também espião da Stasi, a polícia secreta da outra Alemanha, a República Democrática Alemã. A revelação da dupla identidade de Guillaume irá despoletar a demissão de Brant em 1974 e minar a política de aproximação com o Leste por ele iniciada.
Democracia de Michael Frayn, estreada em 2003 no National Theatre em Londres, apresenta-se, tal como Copenhaga, a sua peça anterior, como uma ficção baseada em factos históricos. Enquanto na peça sobre os físicos Niels Bohr e Werner Heisenberg Frayn explora o terreno fluído da memória e as dimensões insondáveis do passado, em Democracia o seu interesse centra-se nos mistérios da personalidade humana e na capacidade de simulação de ideias e sentimentos. Tanto Brandt como Guillaume surgem como homens divididos, abalados por profundas contradições, num retrato psicológico que reflecte também os meandros do poder e a situação política da divisão das duas Alemanhas e do mundo antes da queda do muro de Berlim.