DEMOCRACIA
MICHAEL FRAYN
Alemanha Ocidental, 1969. Willy Brandt inicia a sua breve e relevante carreira como chanceler da República Federal da Alemanha. Sempre presente, mas passando quase despercebido está Günter Guillaume, membro do seu staff, mas também espião da Stasi, a polícia secreta da outra Alemanha, a República Democrática Alemã. A revelação da dupla identidade de Guillaume irá despoletar a demissão de Brant em 1974 e minar a política de aproximação com o Leste por ele iniciada.
Democracia de Michael Frayn, estreada em 2003 no National Theatre em Londres, apresenta-se, tal como Copenhaga, a sua peça anterior, como uma ficção baseada em factos históricos. Enquanto na peça sobre os físicos Niels Bohr e Werner Heisenberg Frayn explora o terreno fluído da memória e as dimensões insondáveis do passado, em Democracia o seu interesse centra-se nos mistérios da personalidade humana e na capacidade de simulação de ideias e sentimentos. Tanto Brandt como Guillaume surgem como homens divididos, abalados por profundas contradições, num retrato psicológico que reflecte também os meandros do poder e a situação política da divisão das duas Alemanhas e do mundo antes da queda do muro de Berlim.
versão João Lourenço, Vera San Payo de Lemos dramaturgia Vera San Payo de Lemos cenário Henrique Cayatte, João Lourenço figurinos Maria Gonzaga luz João Lourenço, Melim Teixeira vídeo João Lourenço banda sonora João Lourenço, Vera San Payo de Lemos encenação João Lourenço com Carlos Sebastião, Francisco Pestana, João Ricardo, Jorge Gonçalves, Luís Alberto, Marques D'Arede, Melim Teixeira, Rui Luís Brás, Rui Morisson, Virgílio Castelo