TODA A CIDADE ARDIA
MARTA DIAS
Com o subtítulo Uma peça poética sobre o amor e a espera(nça), este texto conta a história de um amor imenso e impossível, que abarca a vida de uma mulher e, assim, os últimos setenta anos da História do nosso país, reflectindo as mudanças de ordem política, económica e cultural que se verificaram, através da sua vivência, das suas palavras.
Quando começamos a dizer “Naquele tempo…”, é porque tudo mudou. O mundo mudou. Somos outros, agora.
E agora? O amor, que um dia nasceu, sobrevive? O que é, ao compasso dos dias e dos anos, dos segundos que suportam a nossa vida? O que é o amor, através da distância, guardado na memória, enquanto se espera (e se tem esperança)?
Ana tem uma história, feita de muitas histórias, que atravessa a História. Ela vai levar-nos através da cidade cinzenta, da cidade em chamas, de revoluções e cantigas de embalar, pelo barulho das rotativas, pelo cheiro a tinta e pelas palavras escolhidas com cuidado. Ela vai abrir todos os livros, dobrar as esquinas de todas as ruas e levar-nos pelo meio dos retratos desfocados do passado, pela alegria e pela serenidade dos dias em família, pela poeira do tempo que escorre, pelo silêncio da noite… vendo os ramos das árvores balouçarem e crescerem.
encenação Marta Dias cenário Marisa Fernandes desenho de luz e vídeo Aurélio Vasques figurinos Dino Alves coreografia Cláudia Nóvoa desenho de som Sandro Esperança com Ana Guiomar, André Patrício, António Fonseca, Catarina Moreira Pires, Emanuel Rodrigues, Madalena Almeida, Miguel Lopes Rodrigues, Sílvia Filipe, Vítor d’Andrade